Ameaça de desabastecimento leva Ripposati a pedir decreto de estado de emergência

15/09/2014 00:00

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O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) está pedindo ao governo municipal que decrete estado de emergência em função dos baixos níveis de água do rio Uberaba somado ao desperdício do produto pela população. O parlamentar encaminhou ofício ao presidente do Codau, Luiz Neto, apontando a necessidade de adotar uma política educativa e não punitiva durante o estado de emergência. Sendo assim, defendeu a intensificação da campanha de alerta e conscientização da população para a racionalização do consumo de água, ou seja, uma campanha corpo a corpo através de panfletagem e som volante, haja vista de que os alertas do Codau até o momento não sensibilizaram a população.

Segundo Ripposati, a decisão de somar esforços junto ao governo para reduzir os níveis de consumo e melhorar as condições do rio Uberaba surgiu após percorrer trechos da bacia hidrográfica na semana passada em companhia do pesquisador da Embrapa/Epamig e mestrado em Aproveitamento de Recursos Hídricos, Renato Jácomo Manzan. O parlamentar avalia que se nada for feito de concreto para reduzir o consumo e conter as sucessivas degradações ambientais do rio Uberaba vai faltar água nas torneiras em toda cidade, como já vem ocorrendo em alguns bairros.

Ao longo dos anos, a bacia hidrográfica do alto rio Uberaba vem sofrendo degradações ambientais múltiplas e sucessivas, o que tem contribuído para o assoreamento do seu leito e a gradativa diminuição de sua vazão, afirma o pesquisador Renato Manzan. No entanto, segundo ele, crises de abastecimento são cíclicas, com anos de muita chuva e outros anos de menor intensidade, porém a média histórica de chuvas em Uberaba continua a mesma. A crise de abastecimento mais marcante ocorreu em 2002. O problema é que desde então não houve medidas eficazes para evitar a escassez, explica Manzan. Ele ressalta que a diminuição da vazão mínima do rio Uberaba na época de estiagem se dá por falta de infiltração nas matas de topo e encostas, que impede a formação do lençol freático como ocorria há 50 anos. "A vazão do rio Uberaba há 40 anos, na ponte da BR-050, era de 4 mil litros por segundo, não chegando a 300 litros por segundo este ano", afirma.

Entre as soluções a longo prazo apontadas por Manzan está a construção de barragens no rio Uberaba e alguns afluentes para armazenar água perdida no período de chuvas. "Se considerarmos as chuvas que caem antes da captação, que é a Área de Preservação Ambiental (APA) do rio Uberaba, descontada o consumo animal e vegetal à montante da captação, e considerando ainda a utilização de somente 20% da água captada, elevaríamos a capacidade de abastecer a cidade até 1 milhão e 500 mil habitantes com consumo médio diário de 200 litros por pessoa", calcula Manzan. Ele garante ainda que a partir da existência de barragens a expectativa é da vazão de um fluxo de mais ou menos 4 mil litros/segundo no rio Uberaba contra praticamente zero à jusante da captação atual.

Através do ofício encaminhado a Luiz Neto, Ripposati também pediu ao Codau a apresentação de projeto contendo planilha de custos e valores para construção de barragens no rio Uberaba e afluentes, projeto de proteção e preservação das minas, nascentes, matas de topo, encostas e ciliar em toda extensão da bacia hidrográfica. O parlamentar ressaltou ainda a necessidade de intensificar a fiscalização no que se refere à captação irregular de água no rio Uberaba e afluentes.

 

Cleide Mariano – Assessoria 

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