Câmara de Uberaba manterá 14 vereadores para a próxima Legislatura

08/03/2012 00:00

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Câmara de Uberaba manterá 14 vereadores para a próxima Legislatura


 Por 7 votos a 6, os vereadores rejeitaram na votação em segundo turno o Projeto de Emenda à Lei Orgânica que instituía o número de 21 representantes para os anos seguintes. Dessa forma, a próxima Legislatura permanecerá com 14 cadeiras.
No início da discussão, o petista José Severino Rosa tentou emplacar emenda prevendo um número de 19 vereadores, com a justificativa de que com 21, Uberaba seria, proporcionalmente, a cidade com maior número de edis em Minas Gerais e "isso não seria bom". Mas, a emenda que precisaria de 10 votos não passou, recebendo voto contrário de todos, exceto do próprio autor.
Depois, o vereador Marcelo Machado Borges (DEM), único que não assinou o projeto de emenda, ameaçou fazer um pedido de vista, mas, diante do posicionamento dos demais colegas, não levou a proposta adiante e assim, possibilitou a votação.
Votos contrários: os vereadores Afrânio Cardoso (PP), Francisco Barbosa (PR), Itamar Rezende (DEM), Jorge Ferreira (PMN), Marcelo Borges (DEM), Samuel Pereira (PR) assim como o presidente Luiz Dutra (PDT) votaram na permanência do número de vereadores da Casa, ou seja, 14 representantes.
O vereador Samuel Pereira, que votou favoravelmente ao aumento no primeiro turno, justificou a mudança alegando que fez pesquisa em rede social e constatou ser mínimo o número de opinantes a favor do aumento.  "Cheguei à conclusão que 14 ainda é um número ideal. Estou ciente da minha responsabilidade". Em nome do vereador Almir Silva (PR), que não estava presente por motivo de saúde, Samuel declarou que o voto do colega também seria não, dizendo também ser esta a opinião do partido.
Jorge Ferreira, que já havia votado pela permanência do número no primeiro turno, declarou que até estava disposto a rever sua posição a fim de dar maior chance aos pré-candidatos. "Mas, continuei com a minha posição porque vi que era voto vencido", alega.
O democrata Itamar esclareceu que quando se tem uma votação em dois turnos, entende que é a possibilidade para uma maior reflexão, que evita erros. "Quando revejo meu voto, atendo ao clamor da sociedade. É preciso mudar o conceito de que quantidade é qualidade. Quem vier, que venha com o conceito de agradar a sociedade e não ser subserviente ao prefeito", disse, defendendo sua nova posição.
O vereador Francisco, o Chiquinho da Zoonoses, assumiu que mudou seu voto em relação ao primeiro turno atendendo aos pedidos. "Meus eleitores se manifestaram contra meu posicionamento e por eles, mudei meu voto. Estou apenas fazendo a vontade do povo." Assim como ele, o vereador Marcelo Borjão disse que votou contrário ao aumento ouvindo a opinião pública.
O presidente Luiz Dutra votou preocupado com a futura adequação dos gastos.  "Tenho conhecimento de causa. Não sei como será o amanhã. O que importa é que devemos ser responsáveis, que devemos entregar uma casa arrumada, organizada, administrada com responsabilidade. Esta é uma votação histórica".
Votos favoráveis: os votos vencidos partiram dos vereadores Cléber Ramos (PMDB), José Severino Rosa, Lourival dos Santos (PC do B), Carlos Alberto de Godoy (PTB), João Gilberto Ripposati (PSDB) e Tony Carlos (PMDB).
Cléber Cabeludo, que iniciou a reunião dizendo que se pudesse, pediria vista ao projeto, alegou que com 21 vereadores a cidade sairia ganhando. "Por diversas vezes eu votei sozinho e por isso, continuo com a minha opinião". Da mesma posição compartilhou o ex-presidente Lourival dos Santos, que disse que não querer o aumento é ser egoísta.
Ripposati declarou que, com o seu voto, quis maior representatividade e isso significaria ganho da população. "O ato de escolher é democrático e cada um deve saber o que faz. Hoje a democracia foi instalada, mas a população perdeu. Com 14 vereadores, a cidade fica com uma representatividade limitada, principalmente porque ela está se desenvolvendo. Como diz o Chico, o tempo é a verdadeira resposta", disse.
Professor Godoy mostrou-se "preocupado com algo chamado democracia". "Sei que a entrada de novos vereadores pode causar um impacto financeiro na casa, mas teremos que saber ajustar. É preciso pensar numa maior representatividade, mesmo com menos recurso. Respeito profundamente o voto de cada um. Não tive coragem de fazer um voto que, na minha opinião, é um tiro no peito da República".
O resultado da votação será publicado no Diário Oficial.

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