Ministério Público, Câmara e entidades juntos na campanha ‘Eu não pago propina”

20/07/2016 10:13

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“Eu não pago propina”. Este é o nome da campanha que acaba de ser lançada em Uberaba, pela entre a Promotoria de Justiça de Uberaba, através dos promotores de Justiça, integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), José Carlos Fernandes Junior e Eduardo Pimentel de Figueiredo. Termos de parcerias foram assinados esta manhã com a Câmara Municipal de Uberaba,através do vereador presidente Luiz Humberto Dutra, CDL,Sindicato Rural, Sindicato dos Comerciários e

Sindicato do Comércio.

Caberá à Promotoria de Justiça produzir palestras com ênfase na importância das empresas privadas se disporem a contratar com o poder público e ao mesmo tempo implantarem em sua organização mecanismos de controle de confiabilidade.

Também competirá ao Ministério Público aprovar a arte do material de divulgação do programa, que será elaborada pelo Departamento de Comunicação da Câmara para a TV Câmara, com posterior confecção e distribuição executadas, sem ônus ao erário. Também fica a cargo do Departamento de Comunicação, segundo a diretora, jornalista Gê Alves, a elaboração da arte do material de divulgação, a ser impresso caso haja recurso privado disponibilizado pelos demais parceiros, aos quais também caberá disponibilizar locais para palestras, promovendo, ainda, a divulgação dos eventos junto a seus associados e comunidade em geral.

O projeto, com duração de seis meses, apresentará palestras sobre o tema “Eu não pago propina!”, com ênfase na importância das empresas privadas se disporem a contratar com o poder público e ao mesmo tempo implantarem em sua organização mecanismos de controle de confiabilidade.

Encruzilhada.  José Carlos Fernandes Júnior ressaltou que a iniciativa privada é, verdadeiramente quem ‘carrega este País nas costas’ e que o segmento político é também imprescindível por ser a ‘Casa do Povo, onde se discutem os anseios da sociedade’. Conforme o promotor “não é hora de estigmatizar ninguém” porque “nenhuma instituição é formada só por mocinhos ou bandidos, ao contrário, a maioria são homens e mulheres de bem”. E encerra: “a esperteza, deve dar lugar à competência”.

Lembrando o momento atual quando fatos de corrupção exarcebada vieram à tona com a Operação Lavajato, Fernandes, o que metaforizou como ‘encruzilhada’, ele diz que este é o momento  de fazer o melhor caminho após muitos acertos e erros históricos.

“Homicídios coletivos”. Já o promotor Eduardo Pimentel de Figueiredo, afirmou que este projeto é produto de uma vida inteira dedicada ao MP, já que ele e Fernandes estão a mais de 20 anos na instituição. “Isto nos fez enxergar uma janela de oportunidades. O Brasil passa por um divisor de águas após levantamentos de corrupções inimagináveis, cifras exorbitantes que despertaram a todos para os males que esta erva daninha enraizada na cultura nacional e internacional, causa e, especificamente no Brasil, estabelecida de forma sistêmica”.

O projeto – tranqüiliza Pimentel – não tem a intenção de condenar as Parcerias Público Privadas, conhecidas como PPPs, mas fazer com que estas relações sejam baseadas na ética, na publicidade, transparência, legalidade, moralidade e probidade, sem a ‘promiscuidade’ verificada em várias esferas. Ao final, lembra que a corrupção é via de mão dupla e necessário se faz o estabelecimento da prática da boa governança nos sistemas públicos e privados e que o momento é deve continuar sendo de “total intolerância e intransigência  à corrupção”. Ele faz uma analogia nos resultados da corrupção quando nos deparamos com a saúde e a segurança pública sucateadas comparando tais situações a “homicídios coletivos”

Mão Dupla.  Aproveitando o gancho da mão dupla, o presidente da Câmara, que é delegado de Polícia aposentado, Luiz Dutra, destacou que “não existem corruptos num país de honestos” e que a situação chegou a níveis intoleráveis. Dutra reconheceu a atuação do Ministério Público como fundamental para mudar o quadro de corrupção brasileira que chamou de “trajetória incrustada em todos os setores”. O vereador também chamou a atenção para a importância de um trabalho de conscientização de base, que deve incluir o segmento estudantil.

Luiz Dutra colocou todos os meios de comunicação da Câmara Municipal à disposição da campanha e encerrou pontuando que “o homem que permite ter seu preço, não vale o que lhe é pago”.

 

Jorn. Gê Alves

Departamento de Comunicação

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