Não podemos aceitar sermos feitos de palhaços, diz Godoy

11/12/2009 00:00

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Não podemos aceitar sermos feitos de palhaços, diz Godoy 

Na semana em que se comemora a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Godoy desabafa e afirma que o cidadão não pode ser feito de palhaço. Ontem, dia 10, que foi comemorada a Declaração, o parlamentar lembrou que, coincidentemente, na mesma data, também é comemorado o Dia do Palhaço. “O que soa um tanto quanto de maneira sinistra”, avaliou ele.
Godoy aproveitou para pedir a atenção dos homens da Justiça, dos juristas, assessores jurídicos e, também, da imprensa, sobretudo os jornalistas, destacando que estas duas categorias profissionais, têm uma grande importância na defesa permanente dos direitos humanos, “para que não sejamos transformados em palhaços. Não os palhaços do circo que fazem a criançada rir, mas em palhaços do cotidiano, transeuntes esquecidos, descamisados, desdentados, descalços, sem escola, desnutridos e morrendo de diarréia”, acrescentou o vereador.
O também professor Godoy, lembrou que o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, escrita em 1948, surgiu dentro da Organização das Nações Unidas (ONU), como conseqüência da guerra, com o objetivo de corrigir os horrores que o nazismo produziu no mundo, em uma guerra que teve como palco a Europa e se expandiu pelo mundo.  “Hoje eu poderia dizer que as guerras e as trincheiras estão cavadas pelo mundo e, no Brasil, não é diferente”, afirmou.
Como membro da Comissão de Direitos Humanos, o representante da CMU celebrou a data, dizendo aos parlamentares como ele, sobre a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas que possam eliminar a pobreza, acabar com a miséria e pensar um país com melhor distribuição de renda. O parlamentar citou, ainda, a projeção do PIB para 2010, de 9,5%, lembrando que não pode se permitir no Brasil o que acontece na China, onde se produz muito e distribui pouco. Ele também lembrou a fala do vereador Itamar Ribeiro de Rezende (DEM), que pediu mais recursos para medicamentos, destacando que, em suas emendas, para o orçamento de 2010, colocou cerca de 33% justamente para este fim, pois entende que é gravíssima e caótica a situação vivida atualmente.
“A Constituição de 88 contemplou o direito, estabeleceu o dever, mas não estabeleceu mecanismos e, com isso, estamos sendo feitos de “palhaços”, estamos com o “nariz vermelho”, não do palhaço do circo que quando crianças gostávamos de ver”, analisou.  
Para Godoy, ao comemorar o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em pleno século XXI, “precisamos resgatar o código de ética, o que realmente é direito humano, coisa inalienável da condição humana, que é ter casa, comida, medicamento, escola, transporte, roupa. Assim a gente pode viver bem, de maneira simples, mas tendo o direito humano resgatado. E enquanto homens públicos esta é a nossa tarefa. Não temos mais os horrores do nazismo, mas temos os horrores da miséria, da desconsideração, da desigualdade e da falta de compromisso de muitos políticos”.
O vereador concluiu afirmando que rejeita o que acontece em Brasília, pois não concorda com dinheiro na cueca e nas meias e não concorda com o espancamento de civis, “Nem um, nem outro. Direitos humanos valem para todos”, finalizou.

 

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