Representante do Instituto de Cegos do Brasil Central (ICBC) esteve no Plenário da Câmara Municipal, a convite do vereador Edcarlo dos Santos Carneiro “Kaká Carneiro” (PR). Felício Costa falou sobre os 75 anos de atividades da instituição, os serviços prestados à população, as ações e os projetos da nova diretoria.
“Kaká” lembrou que o Instituto é a única instituição do Triângulo Mineiro e alto Paranaíba que recebe os portadores de deficiência visual. O vereador comentou que qualquer projeto precisa de recursos financeiros e o Instituto tem passado por dificuldades.
Felício Costa lembrou que em 25 de agosto de 1942 dois portadores de deficiência visual criaram o ICBC, que se chamava Associação de Cegos do Triângulo Mineiro. “São 75 anos de serviços prestados à comunidade”, afirmou o presidente, destacando que a entidade é um cento de reabilitação e de educação, que presta inúmeros serviços.
“Nós recebemos pessoas de todo o Brasil e somos responsáveis pela saúde visual de todo o Triângulo Sul. Jamais fechamos as portas e nunca cobramos nenhum centavo dos assistidos”, afirmou Felício Costa.
Lembrando que o Instituto é referência para o Brasil, o representante explicou que são atendidos desde bebês até os idosos, sem discriminação.
“Em um raio de 500 quilômetros de Uberaba não existe nenhuma entidade do porte do Instituto”, acrescentou o presidente.
O presidente aproveitou para dizer que as entidades do terceiro setor no ano de 2017 não receberam nenhuma parcela do convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds). “Como sobreviver sem recursos?”, questionou, lembrando que precisam de apoio.
Segundo Felício Costa, a situação é muito grave, sendo preciso que as forças se unam a favor das entidades do Município. Ele convidou todos os vereadores para visitarem o ICBC.
A vereadora Denise Max “Denise da Supra” (PR) propôs a criação de um projeto para utilizar cães vira-latas como cães-guias, sugestão bem recebida pelo presidente do ICBC. Felício Costa contou, ainda, que existe uma fila eletrônica de 700 pessoas com deficiência visual precisando de atendimento, e que para realizarem um trabalho com mais qualidade, precisam de mais investimentos, inclusive para adquirir novos equipamentos.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
22/11/2017