O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) pediu nesta sexta-feira (19) ao presidente da Cohagra, Marcos Jammal, uma reavaliação das obras de contenção executadas pela El Global entre os loteamentos Alfredo Freire II e IV.
A necessidade de adequações é cobrada pelos moradores do Alfredo Freire II, confrontantes com o novo loteamento, que não se sentem contemplados com a execução de apenas oito dos 18 muros de arrimo que deveriam ser erguidos em acordo firmado entre a Construtora El Global, Cohagra, Defesa Civil e o vereador Ripposati, em julho deste ano. Na época, o parlamentar apresentou a situação de risco iminente de desabamento dos imóveis, uma vez que o solo no local é arenoso.
Ripposati e Jammal percorreram o trecho nesta sexta feira e constataram mais 10 novos casos em que os muros de arrimo serão necessários para proteger as casas que apresentam trincas, já que não houve cobertura dos taludes resultantes do processo de corte para construção do novo loteamento. Até o momento, são 28 imóveis com problemas na estrutura.
O morador e mestre de obras aposentado, José Jorge Elias, entrou este mês com representação no Juizado de Pequenas Causas contra a empresa El Global. Ele argumenta que as trincas da sua casa estão aumentando e que a proteção dos taludes com lonas não afasta o risco de desabamento. José Jorge explica ainda que onde os muros de arrimo foram erguidos não é área de risco, uma vez que o aterro é de 30 a 40 centímetros. Já nos fundos de seu imóvel e de outros atingidos, o talude atinge de 1,80 metro a 2 metros de altura. De acordo com o morador, a audiência no Juizado está marcada para o dia 29 de outubro.
Uma segunda reunião entre Defesa Civil, Cohagra e El Global deverá ocorrer a pedido de Ripposaticom o surgimento dos 10 novos casos avaliados. Na opinião do vereador, situações como essas merecem avaliação também da Caixa Econômica Federal, porque surgiram durante a execução da obra por ela financiada. Ripposati reforça que a primeira parte da obra não contempla os moradores e que a preocupação continua já que os problemas mais graves não foram corrigidos.
De acordo com informações extraoficiais, a empresa El Global está aguardando manifestação da Caixa Econômica Federal para autorização da obra e que reunião já está agendada com a diretoria da instituição financeira em Uberlândia.
O novo loteamento está previsto para ser entregue em março de 2015.
Cleide Mariano Assessoria
