Servidores do Codau falam sobre paralisação e pedem o apoio da Câmara

15/10/2015 09:09

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Servidores do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento (Codau) lotaram o Plenário da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (14). Os funcionários foram convidados pelo vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSB), que é presidente da Comissão de Assistência aos Servidores Municipais.

Estavam presentes o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgoto de Uberaba (Sindae), Jasminor Francisco da Costa, e o 2º vice-presidente, Alex Adevair Oliveira Leal, que fez a leitura da pauta de reivindicações. Entre outros temas, ele explicou que existe uma divergência de salários e de benefícios dentro do Plano de Carreira, no que diz respeito aos servidores mais antigos, que foram admitidos quando o Codau ainda era de economia mista. Alex também denunciou abuso de poder e a existência de assédio moral dentro do Codau, além de considerar ilegal a jornada de 12 x  36 horas praticada atualmente, sendo que todos devem trabalhar 40 horas semanais.

O presidente do Legislativo, Luiz Dutra (PMDB) disse que o direito a manifestação é livre, e é preciso que haja sensibilidade por parte do Codau para atender as reivindicações dos trabalhadores, que fazem a diferença no tratamento de água e esgoto no Município. “Esperamos que eles possam atender as reivindicações”, afirmou o presidente.

De acordo com Dutra, é preciso falar com o prefeito Paulo Piau sobre o assunto e reafirmou que os servidores podem contar com a Câmara. O vereador aproveitou para mais uma vez pedir ao presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, que tenham mais cuidado quando realizarem as ligações de água e esgoto pela cidade, e que ao refazerem a pavimentação, que façam bem feito. Para Dutra, os reparos estavam acontecendo de forma incorreta. “É preciso zelar pela nossa cidade”, afirmou.

Vidas em risco - O presidente do Sindicato, Jasminor Francisco denunciou que muitas vezes querem fazer um serviço rápido e acabam colocando as vidas dos servidores em risco. Sobre o plano de carreira, o sindicalista disse que o mesmo é uma vergonha. Jasminor também pediu respeito ao servidor e desculpas para a população, por precisarem chegar a este ponto de realizar a paralisação.

Ainda segundo o presidente do sindicato, os servidores mais novatos estão sofrendo assédio moral, sendo ameaçados de demissão. “Nós procuramos o prefeito e encontramos as portas fechadas, por isso a decisão de buscar a ajuda dos vereadores”, disse Jasminor.

Vários vereadores se manifestaram sobre o assunto. Edmilson de Paula (PRTB) afirmou que os trabalhadores do Codau precisam ser mais valorizados.

O vereador Marcelo Machado Borges “Borjão” (DEM) garantiu que sempre trabalhou em defesa dos servidores do Codau e que faz parte da Comissão de Assistência aos Servidores Municipais, como relator. “O que vocês precisarem, estamos à disposição”, concluiu “Borjão”.

“Marão” parabenizou os servidores pela postura de lutarem por melhorias, destacando que eles têm este direito. “Eu já fui servidor municipal e tenho uma irmã que também é e passa pelas mesmas dificuldades. Vocês podem contar comigo e com a Comissão”, comprometeu-se o vereador

Afrânio Cardoso de Lara Resende (PROS) disse que os servidores do Codau podem contar com o apoio de todos os vereadores, pois se não fizerem nada, serão cada vez mais massacrados. O vereador mencionou o caso de um servidor que foi trocado de função porque apontou irregularidades. “Isto não pode acontecer”, avaliou.

Para o vereador Paulo César Soares “China”, a única maneira que o servidor tem de ser ouvido é através da paralisação, que é um direito constitucional. “Eu fico triste ao saber que o Codau só faz nomeação política, enquanto isto tiver acontecendo, a situação só vai piorar”, analisou o vereador, para quem as reivindicações dos servidores são extremamente justas.

O vereador Cléber Humberto de Sousa Ramos “Cléber Cabeludo” (PROS) defendeu que os funcionários não devem entrar em uma valeta de sete metros, como acontece atualmente. “Devem chamar a polícia e registrarem um boletim de ocorrência. Chamem os vereadores para verem o que está acontecendo. Se acontecer alguma coisa, o máximo que o Codau vai fazer é mandar uma coroa de flores para a família”, disse o parlamentar.

Franco Cartafina (PRB) lembrou do carinho imenso que o avô, o ex-prefeito Silvério Cartafina, assim como a avó, a ex-vereadora Teresinha Cartafina, sempre tiveram com os servidores do Codau, sendo que o mesmo acontece com ele. O vereador se colocou à disposição para ajudar no que for possível.

João Gilberto Ripposati (PSD) comentou que tem acompanhado de perto o trabalho dos servidores do Codau e sabe das dificuldades que estão enfrentando. Para ele, os servidores representam a população e querem apenas que sejam respeitados e valorizados. “Não seria justo a gente não estar ao lado de vocês”, afirmou.

Ripposati ainda defendeu a revisão urgente no Plano de Carreira do Codau, e que os servidores não podem aceitar as condições de trabalho que estão enfrentando. “É preciso sanar as irregularidades e injustiças existentes no Plano”, disse o vereador, lembrando que muitas vezes os serviços malfeitos são realizados por terceirizados, o que acaba denegrindo a imagem do Codau .

O vereador Edcarlo dos Santos Carneiro “Kaká Se Liga” (PSL) ressaltou que os servidores trabalham dia e noite onde mais precisa. “É uma mão de obra pesada, são homens, pais de família, filhos que levam o sustento para casa. Quanto mais valorizar os servidores públicos ainda é pouco”, alegou.  

De acordo com Samir Cecílo (PSDB), tem faltado diálogo no Codau. Ele lembrou que o papel do vereador é fiscalizar e que tem procurado atuar da forma mais independente possível. Ele sugeriu que seja marcada uma reunião ainda esta semana, para que os vereadores possam entender melhor a situação.  

O líder do Executivo na CMU, Elmar Goulart (SD), afirmou que é preciso atender às reivindicações, pois a Casa representa a todos e tem por obrigação levá-las ao Executivo. Elmar ainda mencionou as possíveis irregularidades na Estação de Tratamento de Água (ETA) e defendeu que a comissão realize uma visita ao local.

O vereador Samuel Pereira (PR) disse que os legisladores, muitas vezes não ficam sabendo o que está acontecendo no Codau. “Precisamos ser agradecidos pela forma como trabalham, debaixo de sol e chuva”, afirmou.

Samuel propôs ao vereador Ismar que faça um requerimento em nome da Comissão do Servidor, com a assinatura de todos os vereadores, para ser entregue ao presidente do Codau e ao prefeito Paulo Piau. Ismar concordou e disse que o documento deve ser assinado por todos os vereadores.

Jasminor finalizou a participação na sessão, afirmando que os servidores apenas estão pedindo os direitos e respeito. Mais uma vez ele pediu o apoio da Câmara e aproveitou para esclarecer que a paralisação não interrompeu o fornecimento de água na cidade.

Diálogo. Ao final da reunião o presidente Dutra anunciou que conversou por telefone com o presidente do Codau, Luiz Neto. Eles marcaram uma reunião para esta quinta-feira, em horário a ser definido, para discutirem as reivindicações dos servidores. Todos os vereadores foram convidados.

Reivindicações – Na pauta de reivindicações estão pedindo a redução dos níveis de carreira, sem perda de porcentagem e redução do tempo mínimo de interstício e redução do número de avaliações para que os servidores possam ter ascensão em menor espaço de tempo. Estão sugerindo, ainda, a possibilidade de o servidor ter a promoção na carreira mediante apresentação de elevação no nível mínimo de escolaridade exigido, sem interstício de tempo.

O aumento do número de graus possíveis na progressão, sem limitação, mantendo-se os mesmos critérios, ou em número suficiente que possibilite ao servidor a progressão na carreira, enquanto se mantiver na ativa. Pedem ainda a incorporação da gratificação por produtividade no salário, tendo por base o maior valor possível, assim como o retorno de todos os servidores concursados para suas funções de origem e o enquadramento dos atuais servidores nas funções em que se encontram desempenhando.

 

Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
14/10/2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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