O parlamentar defende a união das forças políticas, classistas e empresariais em favor do projeto que pode mudar a economia da cidade
Definição quanto à implantação do gasoduto e conseqüentemente da Planta de Amônia no Distrito Industrial 3 foi cobrada pelo vereador Samuel Pereira (PR) em plenário esta semana. Ele manifestou a sua preocupação e ressaltou que este momento de mudança no governo pode ser ideal para que se concretize um dos maiores investimentos da história recente de Uberaba.
O parlamentar fez um relato histórico de todo o processo que resultou no início das obras da planta de amônia, incluindo os protocolos assinados e os anúncios do então governador Aécio Neves e da presidente da República, Dilma Rousseff, que veio a Uberaba lançar a pedra fundamental da fábrica.
Com a obra em andamento, a questão do gasoduto não se resolvia, segundo lembrou o parlamentar. Inicialmente se cogitou a implantação de um duto de Ribeirão Preto para Uberaba, o que foi impedido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), pelo fato de se tratar de um ramal de distribuição e que não pode ser transposto de um estado para outro, segundo regras da agência reguladora.
Também se buscou a alternativa do gasoduto privado, cuja concessão pertence à TGBC, cuja origem é São Carlos e seguiria até a região Centro Oeste do País, passando por Uberaba. No entanto, segundo Samuel, o Governo do Estado, representado pela Cemig/Gasmig, não chegou ao consenso nas negociações, até que o então governador Antônio Anastasia anunciou a disposição de se fazer um gasoduto da região de Betim ao Triângulo Mineiro, o que nunca evoluiu.
Sem a viabilização do gasoduto, a Planta de Amônia teve o ritmo das obras reduzido. Aí o vereador lembra a chegada da crise da Petrobras e os seus processos de desinvestimentos, que culminaram na paralisação de tudo.
O vereador se mostrou preocupado com toda a preparação feita pela cidade e com a vinda de trabalhadores, com suas famílias, e que agora estão sem o trabalho à espera de definição.
Assim, ele fez um apelo para a união de forças políticas, classistas e empresariais em favor do projeto, que poderá mudar o perfil econômico da cidade. Para ele, o gasoduto, aliado à Planta de Amônia, representa a terceira etapa do desenvolvimento econômico da história da cidade, após a chegada do zebu e a implantação da Fosfértil (hoje Vale Fertilizantes).
“Não vamos nos conformar. O que queremos são posturas pontuais, verdadeiras e firmes. Uma resposta de quem pode oferecê-las”, cobrou Samuel ao finalizar seu pronunciamento .
Márcio Gennari
Dep. de Comunicação