A partir deste ano Uberaba vai contar com uma semana para trabalhar o luto enfrentado pelas famílias que perdem os filhos, especialmente as mães. A Semana de Sensibilização à Perda Gestacional, Neonatal e Infantil foi uma proposta do vereador Alan Carlos da Silva, que apresentou o Projeto de Lei. Segundo ele, o objetivo é tratar dos problemas enfrentados pelas famílias que sofrem as perdas.
Para o vereador, é um trabalho que ignifica e dá voz às famílias, além de promover a humanização dos atendimentos, inclusive os realizados pelas secretarias municipais de Saúde e Assistência Social, assim como trabalhar a sensibilização com a sociedade, através dos órgãos de imprensa e dos profissionais que integram as áreas envolvidas.
Uma única emenda apresentada pelo autor foi aprovada, trocando a palavra “sensibilização” por “conscientização”.
A psicóloga e especialista em luto Vera Lúcia Dias disse que o projeto interessa a todos que já perderam ou um dia pode perder um filho, um neto. “É uma experiência terrível, independente da idade”, afirmou a psicóloga. De acordo com ela, após a aprovação do projeto Uberaba entra em uma rede nacional de luto pré, peri e neonatal. “Por mais que um pai sofra, o luto da mãe, aquela que gestou, é vivido de uma forma diferente”, acrescentou.
Segundo Vera Lúcia, perder filho antigamente era uma coisa considerada normal, não tinha o mesmo significado que tem hoje, pois a quantidade de filhos era muito maior. “Hoje ter um filho é um projeto de vida e perdê-lo é significado de fracasso. É a pior experiência emocional que se tem na vida, difícil de ser superada”, avaliou.
Para ela, é difícil saber como consolar uma mãe que perde o bebê, pois dizer que é nova e poderá ter outros filhos não consola. “Este não é um projeto para ficar na gaveta, pois temos muito o que trabalhar”, afirmou, destacando também a importância do atendimento humanizado.
A psicóloga Rosana Barros também esteve no Plenário acompanhando a votação.
A Semana de Sensibilização à Perda Gestacional, Neonatal e Infantil, incluía no Calendário Popular, será realizada anualmente, na semana do dia 15 de outubro.
Arquivado – O Projeto de Lei número 57/19, de autoria do presidente Ismar Marão foi arquivado. O PL alterava a Lei Municipal número 10.504/2007, que “determina às agências bancárias manter à disposição dos consumidores o que menciona”. O conteúdo trata das normas para o funcionamento dos estabelecimentos financeiros no Município, objetivando a segurança dos locais e seus funcionários.
A intenção era de proibir a guarda de chaves, senhas e dispositivos eletrônicos de abertura e de fechamento das agências e das tesourarias bancárias por gerentes, tesoureiros ou pelos demais empregados administrativos ou operacionais das instituições bancárias.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
11/03/2020