A eficiência energética foi debatida no Plenário da Câmara Municipal nesta quinta-feira (30). O diretor-presidente da empresa Proenco Brasil Ltda., Luis Sans Castro, participou da reunião a convite do presidente Luiz Dutra (PMDB).
Dutra inclusive lembrou que já foi aprovado um requerimento para a realização de uma audiência pública, com o objetivo de discutir qual a melhor forma de administrar a iluminação pública do Município. Luis Sans lembrou que o País vem se desenvolvendo nesta área há vários anos, com vários investimentos a partir da década de 70, que foram se escasseando nas décadas seguinte, até chegarmos a atual crise energética.
“O último investimento foi na usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará”, afirmou o representante da empresa, destacando que recentemente o governo brasileiro optou por fazer leilões de energia. De acordo com ele, existem duas formas de atender a demanda por energia, uma é produzindo mais e a outra consumindo menos.
Luis Sans mostrou projetos desenvolvidos pela empresa, que produzem os mais variados tipos de energia, de forma mais econômica.
Iluminação pública – O diretor-presidente da Proenco disse que nos últimos 15 anos as tecnologias, através de pesquisas, vem melhorando gradualmente, iniciando com as lâmpadas a resistência, que consumiam muito, seguida de vários modelos, até a indução eletromagnética e de led. Ele explicou que o led, inclusive, foi descoberto por acaso, pois é um diodo (um componente eletrônico que permite a passagem da corrente elétrica somente em um sentido), sendo que a introdução de um defeito causa uma iluminescência maior.
Para o executivo, toda tecnologia inicial apresenta problemas. Segundo ele, o led produz muito calor e, consequentemente, perde energia. “Mas foi evoluindo e hoje é muito utilizada no mundo todo, principalmente na iluminação pública”, acrescentou.
Ainda conforme Luis Sans, é muito importante as pessoas ficarem atentas para o selo Procel, que determina o consumo dos aparelhos elétricos, como chuveiros elétricos, geladeiras e ar condicionado, e se eles são eficientes ou não.
O diretor-presidente explicou, ainda, que a iluminação pública representa 4% da energia gasta no país, e é o segundo maior item orçamentário dos municípios. Ele defendeu que a redução dos custos é muito importante. “Se reduzirmos o consumo reduzimos também as emissões de produtos nocivos e o impacto ambiental”, avaliou.
Entre os possíveis modelos de negócios, Luis Sans citou a participação público-privado, o consórcios de prefeituras, o financiamento municipal, os programas de concessionárias de energia (Cosip), assim como as empresas de serviços de energia.
O representante da Proenco lembrou que a responsabilidade da iluminação pública é da Prefeitura, mudança que aconteceu após uma Resolução da Aneel de 2014. Entre as mudanças necessárias, Luis Sans defendeu a implantação de um parque de energia solar, onde todos os prédios públicos utilizariam a energia limpa, com maior eficiência energética. Na ocasião ele também respondeu a alguns questionamentos realizados pelos vereadores sobre o assunto.
A empresa - Fundada em 1988, a Proenco Brasil, é uma empresa de consultoria e engenharia, resultado da combinação de experiências da Profissional Engenharia, em serviços de engenharia e da Profissional Engenheiros Consultores, em serviços de consultoria e treinamento em gestão integrada e em desenvolvimento tecnológico. A natureza dessas atividades, aliado aos convênios e associações mantidas com empresas e instituições de pesquisa e ensino superior, nacionais e internacionais, tem permitido um intercâmbio profissional nos vários aspectos e disciplinas envolvidos, que representa o verdadeiro potencial da empresa.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
30/11/2017