Lourival cobra de Lula compromisso com a nação
Para o presidente e para Dutra, o sudeste do País deve se mobilizar em prol do gasoduto e da fábrica de Uréia e Amônia
Para o presidente do Legislativo, vereador Lourival dos Santos (PCdoB), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode ir contra o interesse nacional e a favor do partidarismo. A disputa entre Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, em relação à fábrica de Uréia e Amônia tem se tornado tema de discussão e matérias nos veículos de comunicação, além de mobilizar a classe política dos dois Estados e, principalmente de Uberaba.
Durante pronunciamento no plenário, Lourival lembrou que o maior pólo de fertilizantes fosfatados da América Latina se encontra em Uberaba, encabeçado pela Fosfertil, agora comandada pela Vale, que se tornou sócia majoritária com a compra das ações da Bunge e que, esta semana, também deu início a compra de ações da Yara Fertilizantes e de outras empresas associadas.
“Hoje o Brasil ainda importa fertilizantes. Mas podemos nos tornar auto-suficiente se as ações e investimentos forem consolidados nos locais corretos. Entendo que a questão partidária é importante, visto que no Mato Grosso do Sul o PT está no comando. Mas é em Uberaba que a demanda se apresenta, visto o pólo de indústrias na área de fertilizantes. O presidente tem que agir com sensatez e não com partidarismo. Caso ele não faça isso, o Sudeste do Brasil deve partir em campanha maciça contra seu candidato na eleição”, disse Lourival.
Acompanhado a fala do presidente, o vereador Dutra lembrou que o povo é o maior interessado neste projeto e que a mobilização deve acontecer tanto política, com a união de vereadores, prefeitos, deputados e senadores e governadores do Sudeste, quanto por parte da sociedade. “Se contrariar o interessa nacional em favor do político, o sudeste do País, representado pelos maiores colégios eleitorais do Brasil, deve mostrar nas urnas sua indignação”, finalizou Dutra.
A compra das ações da Fosfertil pela Vale, na avaliação do presidente, pode ter uma influência positiva nesta questão. Para isso, disse ele, os políticos devem dar início ao um contato direto com a presidência da Vale, buscado uma força em prol da fábrica de Uréia e Amônia, visto que o governo mineiro já se mobilizou no que diz respeito ao gasoduto.