A proposta do vereador Borjão tem por objetivo homenagear a família Barsan, de origem Armênia
A Câmara Municipal aprovou nesta segunda-feira, dia 19, com o voto contrário do vereador Franco Cartafina (PRB), a instituição, na Lei que trata do Calendário Popular de Uberaba, do “Dia do Reconhecimento e Lembrança às Vítimas do Genocídio do Povo Armênio”. A data será celebrada em 24 de abril de cada ano, segundo proposta de iniciativa do vereador Marcelo Machado Borges – Borjão (DEM), que atendeu a um pedido da família Barsan, que é de origem armênia. De acordo com o autor, Uberaba possui de 80 a 100 pessoas de famílias que vieram do país asiático e que muito contribuíram para o desenvolvimento do Município.
Vários vereadores se posicionaram em favor da matéria alegando a importância da família Barsan para Uberaba, destacando o quanto ela contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Citando empresas como Líder Transporte, Rodoviário Uberaba e Estação Aduaneira, administradas por integrantes da família, os vereadores destacaram também a atuação dos “Barsans” na medicina e política. No Plenário alguns membros da família acompanharam a votação do projeto.
O genocídio, ou massacre dos armênios, como é chamada a matança e deportação forçada de milhares de pessoas de origem armênia com a intenção de exterminar sua presença cultural, sua vida econômica e seu ambiente familiar, ocorreu durante o governo dos chamados Jovens Turcos, em 1915, que se irritaram com o fato das grandes potencias da época estarem dando atenção à questão armênia e pressionarem por reformas.
Acredita-se que 25 grandes campos de concentração existiram. Embora todos eles estivessem ao ar livre, a matança era feita em massa com a queima de pessoas vivas, onde o mau cheiro da carne humana queimada permanecia no ar por muitos dias. Cerca de 1,5 milhão de armênios foram mortos. Por ocasião do centenário do genocídio armênio, no último dia 24 de abril, o Papa Francisco reconheceu oficialmente o genocídio, e em sua mensagem disse: “ocultar ou negar o mal é como permitir que uma ferida siga sangrando sem enfaixá-la”.
Jorn. Márcio Gennari
Dep. De Comunicação
(19/10/15)
