Kaká Carneiro (PR) se reuniu nesta quinta-feira (16) com grupo de médicos que atuam para a Organização Pro Saúde. Na oportunidade, o grupo repassou os motivos da paralização e uma série de problemas que que estão enfrentando no exercício da profissão UPA São Benedito e na UPA do Mirante.
Além da falta de salários, visto que a organização social não paga em dia e sequer honra os pagamentos das parcelas em atraso, eles apontam falta de insumos básicos e medicamentos essenciais nas duas unidades como equipo, antibióticos e até soro. “Há dois anos não temos garantia de receber nossos salários”, diz um deles.
Até a alimentação oferecida aos pacientes é precária, sendo que o cardápio, não passa de arroz, ovo e a “metade” de um hambúrguer. Já a sopa consiste em macarrão e água.
Ainda segundo os médicos, a Pro Saúde possui uma empresa específica para gerenciar a contratação de pessoal e todo o problema não é decorrente dos repasses da Prefeitura, que estão em dia e sim, aos pagamentos feitas à empresa terceirizada pela Pro Saúde.
Esta empresa, que recebe R$ 450 mil/mês, está sendo substituída por outra, que irá receber R$ 306 mil. Isso irá prejudicar ainda mais o atendimento, pois está ocorrendo o corte de pessoal.
A OS já cortou em 50% o número de médicos, forçando um atendimento muito difícil em razão da demanda de pacientes. Somente ano passado, foram 700 óbitos registrados nas duas UPAs, em Uberaba. Muitas, segundo os médicos, poderiam ter sido revertidas em razão das dificuldades encontradas pelos profissionais.
O grupo solicitou o vereador apoio para o rompimento do contrato com a organização social e sugeriu a criação de cooperativa médica, sem fins lucrativos, para atuar nas UPAs e até no Hospital Regional, se necessário.
Kaká Carneiro está sensível a toda a situação e quer trabalhar pela melhoria da qualidade do atendimento à saúde para a população. Para ele, é preciso mudar a gestão da saúde através da Pró Saúde, já que demonstrou não ter competência para a função.
Daniela Brito
Assessoria de Imprensa