Convidado pelo vereador Almir Silva (PR), o presidente da Associação de Pessoas Vivendo com HIV, Nilton Rezende, esteve no Plenário da Câmara Municipal nesta quinta-feira (23). O vereador explicou que a Ong está legalizada e apta a receber recursos.
Nilton falou sobre o trabalho desenvolvido com a população. Ele contou que é portador do HIV e assumiu a situação com resiliência, assim como o trabalho na Ong. A Associação foi criada em 2009 e dois anos depois recebeu um título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), junto ao Ministério da Justiça, além de outros títulos no município e no Estado.
Segundo o presidente, há mais de 7 anos a Ong realiza um trabalho em colégios, empresas, na penitenciária, e semanalmente nas ruas do entorno de Uberaba, especialmente na avenida Deputado José Marcus Cherém, realizando um trabalho preventivo junto a pessoas que se prostituem.
Nilton disse eu os poucos recursos que consegue são destinados a manter o aluguel, internet e contador. Ele contou que a entidade ganhou dois projetos da Unesco, com o apoio da socióloga Luciana Reis e que em breve vão realizar um evento na cidade, sobre os direitos das pessoas que vivem com HIV.
O presidente da Ong aproveitou para comentar que no ano passado a entidade recebeu do Município um terreno com 1.200 metros quadrados, aprovado pela Câmara. No local ele pretende construir uma casa de apoio, pois muitos portadores da doença vêm à cidade para fazer tratamento e não têm onde ficar. O serviço atenderia 27 municípios, sendo que a intenção é oferecer o local como estadia por um período de até três dias.
Na ocasião Nilton ainda pediu a ajuda dos vereadores para que, se possível, destinem uma emenda para a Ong, pois está precisando de verba para iniciar a construção da sede.
Segundo o vereador Almir Silva, a Prefeitura precisava mudar alguns conceitos, pois é uma questão que está ligada a área da saúde. Ele comentou que existem várias áreas construídas que não estão sendo utilizadas pelo Poder Público, e que poderiam ser cedidas a entidades como a Associação de Pessoas Vivendo com HIV. Almir ainda lembrou que é difícil cumprir o prazo de dois anos para construir na área doada.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
23/03/2017