Secretária de Educação vai à CMU esclarecer substituição das apostilas na rede municipal de ensino

09/06/2014 00:00

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Atendendo convite do vereador Marcelo Machado Borges – Borjão (DEM), a Secretária de Educação do Município, professora Silvana Elias, participou da reunião ordinária de hoje (09) para esclarecer sobre a substituição do sistema apostilado,contratado do Colégio Cenesista Dr. José Ferreira, pelos livros didáticos do MEC e também, quanto ao atraso na entrega dos uniformes e livros aos alunos.Borjão lembrou que quando as apostilas foram implantadas na gestão passada, ele e o ex-vereador Itamar Ribeiro de Resende manifestaram contra, por entender que os professores e alunos não estavam preparados para o método de ensino a ser aplicado,e também porque o serviço foi contratado sem licitação.

Silvana Elias disse que a decisão de substituir as apostilas pelos livros foi democrática, só não aconteceu no ano passado porque quando o atual governo assumiu a administração municipal, não havia livros suficientes para substituir as apostilas. Ressaltou que a decisão pelo Programa Nacional do Livro Didático- PNLD foi técnica-pedagógica, e que em nenhum momento a administração pensou no quesito preço. "Durante os três anos em que foi utilizado o sistema apostilado, foi gasto pouco mais que R$ 19,6 milhões, o equivalente a construção de 15 unidades de educação infantil, num momento em que a população clama por vagas nas escolas", informou a secretária.

A gestora da Secretaria destacou que os livros do MEC têm excelente conteúdo pedagógico, uma vez que antes de chegar às escolas são avaliados por mais de trinta doutores de universidades federais. Salientou que quando a comunidade diz que o sistema de ensino com os livros do MEC não tem a mesma qualidade do sistema estruturado (apostilas), está equivocada. "Dos 22 livros didáticos adotados gratuitamente pela rede pública municipal, 19 o Colégio Marista Diocesano utiliza". Ressaltou que PNLD dá maior flexibilidade às escolas, pois quando do sistema estruturado o aluno que tinha dificuldade em aprender era deixado de lado, pois tinha que cumprir o programa, o que resultou num grande índice de reprovação, "sem mencionar os muitos que abandonaram as escolas e foram adotados pelo crime".

Quanto à falta de livros para os alunos, a secretária disse que apenas os que chegaram à escola depois do início do ano letivo não tiveram o material e que isso é normal para quem entra atrasado, pois o levantamento da quantidade de livros necessária para o município é feito anteriormente. Mas que, a administração está criando um sistema de reserva de 15 mil livros. Já os uniformes,questionado pelo vereador Borjão, após sete empresas, que segundo a secretária estavam cobrando preços abusivos, agora o município está fechando a compra dos uniformes por um preço mais acessível.

O vereador Cléber Humberto de Souza Ramos – Cléber Cabeludo (PROS) que não aceitou a suspensão do sistema apostilado, destacou a competência dos educadores da rede municipal e disse que não é defensor do Colégio Dr. José Ferreira. Informou que, segundo avaliação feita nas escolas do interior de São Paulo, das dez analisadas sete, que utilizavam o sistema de apostilas,obtiveram grande índice de aprovação. Disse que a sua intenção é defender os pais que não têm condição de pagar uma escola particular para ter acesso a material de qualidade, "se os livros do MEC são tão bons, não entendo o porquê os pais dos alunos que estudam em escolas particulares não matricularam seus filhos na rede pública de ensino", ponderou.

Já o vereador Afrânio Cardoso de Lara Resende (PROS) disse que mais importante que apostilas, é a valorização dos professores. Destacou que o município investiu menos do que deveria no sistema de educação. João Gilberto Ripposati (PSDB)questionou a informação de que a Prefeitura ainda deve ao Colégio Dr. José Ferreira pela confecção das apostilas. A secretária confirmou e disse que o município herdou, da administração anterior, uma dívida de quase R$ 3 milhões e com os juros esta conta está na casa de R$ 4 milhões. Ela afirmou que o prefeito Paulo Piau já deu as diretrizes para que essa dívida seja quitada.

O vereador Edcarlo Carneiro – Kaká SeLiga (PSL) ressaltou que diante dos números apresentados de reprovação dos alunos e abandono da escola, ele acredita que o ex-prefeito Anderson Adauto teria revertido essa situação. "Se o método de ensino deu errado na gestão passada, o atual governo tem a obrigação de consertar a falha", disse.

Samir Cecílio (SD) manifestou que é preciso despolitizar o serviço público, para ele isso é o que impede que as coisas avancem. A secretária Silvana Elias discordou do vereador argumentando que é preciso, sim, politizar a educação, para construir cidadãos políticos e participativos. Com referência a valorização dos educadores, disse que o município já deu passos importantes, citou o Plano de Carreira que está em fase final. Declarou que o prefeito Paulo Piau está estudando uma forma legal para dar uma gratificação financeira de um terço para compensar o trabalho extraclasse, que nunca foi pago pelo município. Informou que na Casado Educador há diversos cursos, em parceria com a UFTM, destinados aos professores. Por fim, a secretária ressaltou que a administração municipal preocupa com o educador como profissional e também como pessoa. "Estamos dando a eles a alegria de educar", afirmou. Para finalizar argumentou que "nós,educadores, precisamos saber o caminho que vamos tomar para dar segurança aos alunos e as famílias. O ideal é que não fosse preciso ter escolas particulares.Por isso conclamo: vamos batalhar para que a educação pública seja modelo pra muita gente".

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