O secretário Fahim Sawan comentou que quando assumiu a Secretaria, a mesma não contava com insumos e medicamentos. Sobre a dengue, ele lembrou que a epidemia começou em 2012, afetando 20 mil pessoas, com 45 internações e 20 mortes.
Sobre os gastos com pessoas jurídicas, criticados na reunião, o secretário explicou que se trata de parceiros como o Hospital Hélio Angotti e laboratórios, por exemplo. Fahim disse que há mais de 30 anos tem visto hospitais fechando na cidade, sendo que o Hospital de Clínicas não está dando conta de atender a demanda. "Só não faliu porque tem recursos do governo federal a todo instante e mesmo assim precisou contratar uma empresa profissional para gerenciá-lo", afirmou.
Sobre o dinheiro atualmente disponível, o secretário explicou que a Secretaria conta com R$ 30 milhões na conta, que são dirigidos para fins específicos. Quanto aos R$ 9 milhões destinados para a aquisição de equipamentos do Hospital Regional, afirmou que ainda não foram utilizados porque a licitação da gestão anterior foi impugnada.
Fahim também comentou que na UPA do Mirante existem 40 pessoas internadas, precisando de vagas no HC, inclusive em UTI. "Uma UPA é para ficar no máximo 24 horas internado, mas 40 pessoas estão lá porque não existem leitos na cidade", ressaltou, acrescentando, "nós tivemos um corte de R$ 10 milhões, porque no ano passado gastamos R$ 6 milhões a mais para combater a dengue, mas estamos trabalhando para melhorar. Não estaria nesta Casa se não tivesse certeza do que estou fazendo e se o governo não tivesse um rumo para a Saúde".
De acordo com Fahim, é a partir de 1º de janeiro que as coisas vão começar a acontecer. Ele anunciou em primeira mão a reforma das duas UPA´s e os R$ 100 milhões que conseguiu esta semana do governo estadual para os serviços.
O representante da Saúde contou ter fechado uma parceria com o Hospital Beneficência Portuguesa, que vai funcionar como uma "retaguarda das UPAs", para onde os pacientes que precisam de internação serão encaminhados. Fahim destacou que o custeio das UPAs é direcionado para o que é preconizado pela lei, mas tem faltado até roupa de cama e remédios que na verdade não deveriam estar sendo utilizados, pois os pacientes deveriam estar internados em um hospital.
Fahim aproveitou para defender a abertura do Hospital Regional o mais rápido possível. "Não abrir um hospital sim é um crime, enquanto pessoas estão morrendo sem lugar para se tratar. Não podemos ficar fazendo experiência com hospital", disse, lembrando que o SUS é gratuito, mas custa caro.
Sobre as considerações, Borjão chamou o secretário de demagogo, por falar que o hospital precisa ser aberto. "Porque não abriu ainda?", questionou.
Departamento de Comunicação